Moradores usam cadeado para proteger água no sul do estado. ~ .

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Moradores usam cadeado para proteger água no sul do estado.


Moradores usam cadeado para proteger água no Sul do Piauí

Produto ficou caro e temos que nos prevenir de furtos, diz comerciante.
Em algumas regiões do estado não chove regularmente há mais de um ano.



Mais de 90% dos municípios do Piauí ainda estão em situação de emergência por causa da seca. Na região do semiárido, a população que conseguiu poupar água, usa até cadeado para proteger o produto de possíveis furtos. Em algumas regiões do estado, não chove regularmente há uma e três meses.
O comerciante Robertino de Santos, diz que água se tornou o bem mais precioso na região. “Temos que colocar o cadeado para evitar que outros levem. Infelizmente essa é a nossa situação, agora só tem água aqueles que conseguem comprar. O produto ficou caro e temos que nos prevenir de furtos”, afirma Santos.
A situação prejudica também a produção agropecuária e até mesmo a apicultura. Na região de Simplício Mendes, no Sul do Piauí, uma associação de apicultoras que exportava mel para os Estados Unidos está parada.
“Aqui o nosso prejuízo é maior que R$ 2 milhões. A associação recebia o produto de mais de 900 apicultores da região, mas agora sem produto as máquinas da cooperativa de apicultores de Simplício Mendes estão paradas”, explica o técnico José de Anchieta Moura.
O apicultor Elisio Barbosa, conta que em 2012 teve um lucro de R$ 100 mil com a produção do mel, mas que neste ano só teve prejuízos. “Com a seca, não houve floração das plantas e os enxames de abelhas deixaram as colméias e migraram para outras regiões. Ficando na região mais de 270 mil colméias vazias e sem produzir mel”, informa Elisio.
Na agricultura e na pecuária as percas também são alarmantes. No Piauí mais de 60 mil cabeças de gado morreram de fome ou sede, sendo que 270 mil pessoas sofrem com a estiagem em 195 municípios do Piauí que decretaram situação de emergência.
O agricultor Aloisio dos Passos conta que já perdeu mais da metade do seu rebanho bovino. “Não sei mais o que fazer, já tive até um infarto por conta da preocupação. No meu rebanho já morreram mais de 60 dos 90 animais que possuía. Para evitar as percas gastei todo o meu dinheiro com a compra de ração, na tentativa de permanecer com o rebanho”, disse Aloisio.

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