O presidente em exercício da Eletrobras, Miguel Colasuonno, o diretor de
Distribuição da companhia, Marcos Aurélio Madureira, e o ex-governador
da Califórnia Arnold Schwarzenegger assinaram hoje (25), Memorando de
Entendimento da companhia brasileira com a ONG Regions of Climate Action
(R20), presidida por Schwarzenegger. O evento ocorreu na sede da
Fundação Dom Cabral, no Leblon, zona sul do Rio.
Terra
“A Eletrobras, sendo uma das maiores
empresas de energia renovável do mundo, continuará investindo em
projetos que permitam a ampliação da presença na matriz energética
brasileira das diversas fontes que atendem aos critérios de eficiência e
sustentabilidade. Esse memorando aprofunda iniciativas conjuntas que a
R20 já possui com o GSEP (Global Sustainable Electricity Partnership),
que reúne as maiores empresas de energia renovável do mundo, incluindo a
Eletrobras. Temos muito orgulho disso”, afirmou Colasuonno.
O
objetivo do memorando é estabelecer parcerias e troca de experiências
entre a Eletrobras e a R20 para desenvolver projetos de eficiência
energética e uso de fontes renováveis de energia, em três áreas:
desenvolvimento de projetos para atuar na geração de energia junto ao
projeto-piloto de smart grid desenvolvido em Parintins (AM), elaboração
de projetos de uso de tecnologia LED na iluminação pública de cidades
brasileiras e prospecção de projetos de geração de energia a partir de
biogás, no Brasil e na América do Sul.
“Admiramos
o que o Brasil está fazendo em energias renováveis e para redução de
emissão de CO2. O Brasil tem grandes ideias, que o mundo deveria
imitar”, afirmou Schwarzenegger. Fundada em 2010, por Schwarzenegger,
então governador da Califórnia, em associação com líderes globais e em
cooperação com as Nações Unidas, a R20 tem por missão “ajudar estados,
províncias, regiões e outros governos subnacionais em todo o mundo a
desenvolver, implementar e comunicar projetos de desenvolvimento
econômico de baixo carbono e resistência climática, políticas e melhores
práticas”.
Projetos
O
Projeto Parintins, que a Eletrobras realiza com a Eletrobras Amazonas
Energia em Parintins (AM), é desenvolvido no município homônimo (a 369
quilômetros de Manaus) desde 2010. A ação recebe recursos das seis
distribuidoras de energia da Eletrobras, por meio do programa de
Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e Eficiência Energética
regulamentado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A
iniciativa prevê o uso de tecnologias avançadas de smart grid, ou seja,
redes inteligentes para a automação do sistema de distribuição de
energia elétrica na medição e monitoramento do consumo, que, desta
forma, dispensa a utilização de leituristas, para aferir o consumo das
residências, e de operadores, para realização de algumas intervenções
nas redes elétricas.
Existem
hoje no Brasil algumas concessionárias com projetos similares, mas
Parintins está em um estágio mais avançado de implantação. Até junho, o
Projeto Parintins já terá instalado todos os 3.500 medidores
inteligentes. Esses equipamentos irão possibilitar ao consumidor
acompanhar e calcular seu consumo de energia elétrica, além de monitorar
sua conta via internet.
O
projeto também fará a instalação de painéis fotovoltaicos (energia
solar) nos telhados de várias residências de Parintins, iniciativa que
deve alterar o papel do consumidor comum que poderá gerar energia para o
sistema de distribuição da concessionária. Pelo estabelecido no acordo,
a Eletrobras e a R20 estudarão a possibilidade de ampliar essa
iniciativa, trocando boa parte da energia, hoje gerada por óleo diesel,
por fontes renováveis, como solar, eólica, biogás e biodiesel. Além
disso, será estimulado o uso eficiente de energia elétrica nos prédios
públicos do município, incluindo iluminação e geração com painéis
solares.
“Desenvolver
e aplicar tecnologias avançadas para a distribuição de energia elétrica
em regiões com características geográficas e climáticas distintas, com
temperaturas elevadas e altos índices pluviométricos, é um importante
desafio que está sendo vencido pelas distribuidoras do Sistema
Eletrobras”, afirma o diretor de Distribuição da Eletrobras, Marcos
Aurelio Madureira da Silva.
No caso da iluminação pública
utilizando a tecnologia LED, o objetivo é investigar a aplicabilidade da
substituição da iluminação convencional pela nova tecnologia nos
municípios brasileiros, além de estimular a produção acadêmica sobre
eficiência energética na área. Estima-se que a economia de energia com a
troca seja da ordem de 80%, além da redução de custos com substituição e
manutenção de equipamentos como lâmpadas, relés e luminárias.
O
uso biogás para geração de energia elétrica tomarão por base a
experiência de Itaipu com a geração utilizando o biogás produzido em
pequenas propriedades rurais na região da usina. A metodologia já serviu
de modelo para projeto-piloto na cidade de San Jose, no Uruguai,
coordenado pela Global Sustainable Electricity Partnership (GSEP),
entidade formada pelas maiores empresas de energia renovável no mundo,
incluindo a Eletrobras. O objetivo é ampliar esse projeto-piloto para
várias cidades brasileiras e também para a América do Sul.
PID
O
diretor de Administração da Eletrobras, Miguel Colasuonno, confirmou
hoje que o Programa de Incentivo ao Desligamento (PID) deverá começar em
maio. Segundo o executivo, a empresa já recebeu autorização do
Ministério de Minas e Energia para abrir as inscrições para o programa,
que, disse Colasuonno, deve ter a adesão de algo entre 20% e 25% dos 28
mil empregados do Sistema Eletrobras. De acordo com o diretor, o
processo deverá levar cerca de três anos para ser concluído.
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